Zorba, o grego é um filme que demorei demais para assistir. Já havia visto cenas ao longo dos anos, desde criança e ele sempre me encantou. Mas terminei de assisti-lo apenas ontem. É um filme fantástico. Como daqueles que raramente se vê. A amizade, a velhice, a mesquinharia humana, o amor. Tudo isso banhada por uma interpretação que sabeseladeus porquê, não rendeu o Oscar ao Anthony Quinn.Com aquela loucura enfurecida de viver, parecendo um sátiro, um fauno, talvez. Fico imaginando se o filme fosse em cores...
Teria muito mais a dizer sobre o filme...mas fico por aqui, com duas frases que ficaram retumbando depois de assistir..
"Life is trouble. Only death is not. To be alive is to undo your belt and *look* for trouble"
"A man needs a little madness, or else, he never dares cut the rope and be free."
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Quarto - Meta-literatura
Uma meta-literatura. O falar sobre o escrever e escrever sobre o escrever.
O medo dos clichês,das rimas prontas, assuntos batidos, solidão proclamada.
O escrever sobre o escrever, com medo de escrever algo autêntico. Com medo de parecer piegas. Com medo de ser qualquer outra coisa que não se imagina. Com medo de decepcionar qualquer um.
Cuidar com as repetições. Frases feitas. Lirismo pobre.
Cuidar em não ser Dostoievski. Não tentar ser Kafka. Não pensar em Lispector. Esquecer Fernando Pessoa.
Ser qualquer um, e escrever por escrever. Porque as palavras batem, ressoam,estão ali.
Uma meta-literatura. Pseudo-escrita.
O medo dos clichês,das rimas prontas, assuntos batidos, solidão proclamada.
O escrever sobre o escrever, com medo de escrever algo autêntico. Com medo de parecer piegas. Com medo de ser qualquer outra coisa que não se imagina. Com medo de decepcionar qualquer um.
Cuidar com as repetições. Frases feitas. Lirismo pobre.
Cuidar em não ser Dostoievski. Não tentar ser Kafka. Não pensar em Lispector. Esquecer Fernando Pessoa.
Ser qualquer um, e escrever por escrever. Porque as palavras batem, ressoam,estão ali.
Uma meta-literatura. Pseudo-escrita.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Quarto - Gravar teus olhos nos meus
Cobri-lo de poesia
Enrodilha-lo de estrofes, versos
Servir-me de lirismo para te encantar
Desviar tua atenção
esboçar novos sorrisos
Testar gargalhadas
Gravar teus olhos nos meus.
Arredores - Voto Nulo
Brasil | ||
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Quarto - Abismo
Nós gostavámos de caminhar pelo centro da cidade e achavámos íncrivel encontrar as pessoas acidentalmente.
Nos encantávamos com as chuvas que caiam e não deixavámos passar um pôr do sol sequer.
O mundo não passava batido aos nossos olhos. Nada se perdia.
Os livros eram sugados como profecias, como revelações.
Cada conversa era um desabafo. Cada conversa era ouvida. Sentida. Chorada.
Nós gostávamos de providenciar coincidências. Tornar o mundo mais habitável através da magia recriada.
Nos perguntávamos sobre o futuro. E ele era esplêndido. Nada menos que todos os sonhos convivendo harmoniosamente. Nunca nos ocorreu menos.
O mundo era extraordinário. E nos gritávamos isso aos transeuntes.
Os papéis eram escritos em meios as lágrimas e risos e solidões imensuráveis. Que compartilhávamos, contraditoriamente.
Nós gostávamos da vida que se oferecia. Nós gostávamos da companhia. Das certezas do eterno.
E o mundo se abriu para nós; em abismo.
Nos encantávamos com as chuvas que caiam e não deixavámos passar um pôr do sol sequer.
O mundo não passava batido aos nossos olhos. Nada se perdia.
Os livros eram sugados como profecias, como revelações.
Cada conversa era um desabafo. Cada conversa era ouvida. Sentida. Chorada.
Nós gostávamos de providenciar coincidências. Tornar o mundo mais habitável através da magia recriada.
Nos perguntávamos sobre o futuro. E ele era esplêndido. Nada menos que todos os sonhos convivendo harmoniosamente. Nunca nos ocorreu menos.
O mundo era extraordinário. E nos gritávamos isso aos transeuntes.
Os papéis eram escritos em meios as lágrimas e risos e solidões imensuráveis. Que compartilhávamos, contraditoriamente.
Nós gostávamos da vida que se oferecia. Nós gostávamos da companhia. Das certezas do eterno.
E o mundo se abriu para nós; em abismo.
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