Nós gostavámos de caminhar pelo centro da cidade e achavámos íncrivel encontrar as pessoas acidentalmente.
Nos encantávamos com as chuvas que caiam e não deixavámos passar um pôr do sol sequer.
O mundo não passava batido aos nossos olhos. Nada se perdia.
Os livros eram sugados como profecias, como revelações.
Cada conversa era um desabafo. Cada conversa era ouvida. Sentida. Chorada.
Nós gostávamos de providenciar coincidências. Tornar o mundo mais habitável através da magia recriada.
Nos perguntávamos sobre o futuro. E ele era esplêndido. Nada menos que todos os sonhos convivendo harmoniosamente. Nunca nos ocorreu menos.
O mundo era extraordinário. E nos gritávamos isso aos transeuntes.
Os papéis eram escritos em meios as lágrimas e risos e solidões imensuráveis. Que compartilhávamos, contraditoriamente.
Nós gostávamos da vida que se oferecia. Nós gostávamos da companhia. Das certezas do eterno.
E o mundo se abriu para nós; em abismo.
Um comentário:
eu que sempre me encantei com abismos e buscas apaixonadas, achei verdadeiro e quase intimamente meu teu ultimo escrito...parabens! beijo
Postar um comentário