domingo, 4 de setembro de 2011


Ensaio sobre meu pai.
Pensei em fazer um poema que falasse das mãos de meu pai e para isso busquei Vinicius e Sabino e toda uma retórica que não poderia dizer por mim mesma com a singeleza e a ternura que deveria ser. Não conseguindo reproduzir, não querendo copiar. As mãos de meu pai são rugosas hoje, grossas, com unhas perfeitamente alinhadas e sempre me seguraram com um dedo só para atravessar todas as ruas e abriu minha garganta na longa infância das inflamações.
  Pensei em falar sobre a força de meu pai. E aí não encontraria em meu repertório épico autores nem palavras, menos estrofes e versos. A força do meu pai é conclusiva, concentrada e redimida. Mas como dizer. Histórias de mocinho defendendo a mocinha dos bandidos, de charme de faroeste. Força de super-herói, que carrega qualquer coisa, que carrega tronco, segura bois, suporta distâncias melhor do que eu.
Pensei em falar da ternura que vem dos olhos de meu pai. Inexpressa em palavras, muda e silenciosa, como a de meu avô. Uma ternura de gestos. Uma ternura de cuidado que circula e adoça; alimenta e faz rir. Na distância faz chorar, de saudade do olhar.
Poderia falar da incrível capacidade sonora de meu pai e da banda que ainda vamos montar assim que aprendermos a tocar os diversos instrumentos que vamos colecionando. Do passado boêmio de um pai que não era pai ainda.
Poderia contar causos, histórias, lendas e mitos. Poderia contar que ele é quieto, silencioso e observador. Que faz regimes doidos e exercícios puxados. Ou que agora ele gosta de charutos.  Poderia contar que minha mãe o ama ainda mais que eu. Poderia contar que todos o amam quando o vêem. Mas  mantenho o texto assim, mais para calado, como ele. Ponto por ponto. Tal como ele, quase reticências no final.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Do mundo do esquecimento

Ela corria com medo das nuvens, nos dias de chuva e de sol também.
Acreditava que aquele tufos gigantes de algodão a perseguiam, por onde quer que fosse. Mesmo se espalhados, mesmo se fios.
Era uma menina corajosa, todos os dias apagava a luz para dormir e os monstros que infestavam o quarto e os armários, elas os botava pra correr. Lia à noite livros de detetives, de fantasmas, sabia-os de cor.Sonhava pesadelos, mas nunca chorou de medo, nem gritou de susto.
Mas corria das nuvens. Se escondia sob marquises, na rua. Entrava nas lojas, fechava as janelas.
No alto dos seus sete anos, a altura das nuvens. Lá em cima, vigilantes.Quando ela invadia o quintal alheio para pegar a boneca da vizinha. Não deixava pistas e fingia que o cão passara por lá. Os restos de uma boneca velha para ninguém dar por falta. Mas aquele peso lá de cima não a deixava em paz. Tal qual juiz, tal qual um deus que a mãe dizia que ia até o banheiro, não se descuidasse que ele via mal-criação. Ela não entedia deus. Entendia nuvens.
Um dia o pai trouxe uma enciclopédia para casa. Dessas de couro, vermelha, pesada e poerenta. Ela começou a devora-la metodicamente, pelo A. Não demorou muito para resolver ser cientista quando crescesse. Aos oito anos nomeou o cão de Nimbus. E fazia análises de insetos encontrados no jardim. Fez o pai comprar lupas, pinças e um jogo de laboratório mirim.
Aos doze seu medo passou. Bom, aos doze ela esqueceu. Um menino de óculos mudou para
sua sala. E eles conversavam sobre dinossauros. E sobre pirâmides. E sobre a coleção de aranhas
e grilos de cada um. E ela não lembrou de seu medo num dia nublado em que eles tomaram o
primeiro sorvete juntos. Nem no dia nublado em que ele lhe roubou um beijo tímido.
E, depois de mais um tempo, esqueceu que queria ser cientista, esqueceu a enciclopédia numa estante
e largou seu kit de laboratório num canto do quintal. E depois também esqueceu do nome do menino de
óculos.Esqueceu o sabor do sorvete que tomou e esqueceu que tinha um cachorro chamado
Nimbus.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Minúcias II

E poderia dizer que tudo começou com uma piada, quando entravam no carro.
Ou que teve inicio quando ele encontrou aquele livro que ela havia comentado Era o livro preferido, mas nunca mais tinha achado. Um livro que fazia rir. E ela chorou quando leu.
Pode ter sido também quando ele apareceu na sua cidade, às 11 da noite, sem dar aviso.
Ou quando veio sem dar aviso e encheu a casa de flores e preparou um jantar.
Ela também desconfia que as coisas aconteceram por causa das cartas, quase diárias, com recortes, com textos, com músicas.
A facilidade com que tudo parecia acontecer, ajudou para tudo começar.
E foram tantas viagens, tantos jantares, tantas manhãs em que tudo parecia ser como deveria ser.
Ela acredita que tudo começou com uma música. E depois milhões de músicas.
Uns passos de dança, que nenhum dos dois sabia.
Gostavam das mesmas bebidas. Gostavam de livros diferentes. Liam os mesmo poemas e todos os dias desafiavam-se à procura de quem encontrava a estrofe perfeita que descrevesse os dois.
Os dias eram descobertas e surpresas. Surpresas de verdade, com o coração na mão achando que ele ia aparecer na próxima esquina, mesmo estando a 500 km.
Ele aparecia.

Ela tem certeza que tudo começou porque era para ser ser assim.
Ela hoje sente falta deste começo. Ela gosta de surpresas.
Mas hoje, percebeu que as coisas continuam assim.
E eles se desafiam por outros motivos.
E ainda existem piadas entrando no carro.
E são tantas viagens, tantos jantares e tantas manhãs em que tudo parece ser como deve ser.
E as surpresas são ainda maiores.

domingo, 15 de maio de 2011

A vida, atualizada.

Bom, para todos vocês que vem dar uma lidinha aqui ( e me pergunto de onde surgiram visualizações dos EUA e da Alemanha....estou até estudando alemão agora pra poder ampliar o público do blog...)
Bom, continuando, para vocês que vem aqui e ainda não sabem das novas, apesar do texto que postei, chamado Menino, começaremos uma nova fase por aqui. Teremos um bebê aqui em casa. Ao menos nestes primeiros lindos anos, porque depois teremos um adolescente, e só deus sabe o que isso pode significar.
Isso acaba afetando o que escrevo aqui, acaba afetando as coisas que sinto e que faço. De repente a cabeça funciona só num sentido e 24 horas por dia fico pensando a mesma coisa, e muitas coisas desta mesma coisa. Me esforço para pensar em um assunto que não sejam enjôos, tontura, idade gestacional, como está o bebê nesta semana, se eu posso tomar água tônica.
Enfim...
É isso.
Já volto.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A conversa que eu gostaria de ter

Me lembro todos os dias da senhora.Um dia por causa de um cheiro que sinto na rua. No outro por ter visto uma senhora com cabelinhos bem brancos, como os seus. No outro porque ouço contar uma história bonita de alguém que viveu coisas parecidas com as que a senhora viveu. Todo dia eu lembro. E tenho saudade de férias de julho. De comer o pão com molho de carne, a gelatina com creme, o bolo de cenoura. Na faculdade estes dias estudamos a saudade que temos de comidas. E as comidas que mais tenho saudade são as que a senhora faz. A cama gelada no inverno, a maquininha de costura, os sapatinhos de lã. Tudo que a senhora sempre fez por nós todos, mas que eu lembro mesmo é que fez por mim. E eu não devia ser muito fácil. Só consigo, é claro, ver agora.

Amamos tanto e não conseguimos expressar.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Menino

Gostaria que você tivesse cheiro de chuva. E de grama recém cortada.

Que a sua risada enchesse a casa. E que enchesse a casa o tempo todo.Quero que você ria quando eu brigar com você. Quero me derreter com teu sorriso.

Você pintará as paredes da casa e eu vou te ajudar. Você destruirá sofás. Destruirá tevês. Videogames. Brinquedos. Computadores.

Eu não espero menos de você.

Quero respostas na ponta da língua e muitas, muitas guerras de travesseiro.

Você deverá gostar de chocolate, principalmente de brigadeiro, de brigadeiro de prato. Essencialmente fazer uma cara feliz a cada vez que eu for cozinhar.

E se lambuzar lambendo panelas.

Você vai correr por todos os cantos, e me chamar, e chamar teu pai, e chamar o mundo pra te ver lá no alto da escada, da mesa, da cadeira.

Você se machucará, e vai chorar, e virá no meu colo. Aí vai ficar calmo e vai passar.Assim como os pesadelos, que virão. Os monstros, fantasmas e bichos assustadores que vamos afastar.

Teu pai vai te ensinar umas coisas de menino e vocês vão passar tardes perdidos de mim.Vão construir fortes apache ou barreiras de guerra.Catar fruta do pé e plantar umas verduras.

Teu pai será teu ídolo, assim como o meu é o meu e o do teu pai é o dele.

Talvez criem coelhos, talvez criem sapos. Porque você vai gostar dos animais, vai cuidar deles. Mas não hesitará em abrir o corpo de um sapo ou de um passarinho pra ver por dentro. Gatos não.

Vai jogar futebol e rir do meu jeito. Fará alguns gols, vai se orgulhar. Vai mostrar pra mim, pro teu pai e pro teu vô que você sabe fazer embaixadas.

Tua vó vai dizer que é bom.

Teu sangue será o meu e isso é no mínimo assustador.

Vou te amar mais do que eu. E vou te sentir cada vez mais dentro de mim. Mesmo depois, mesmo quando você longe, mesmo quando você ausente. Mesmo quando você ligar de longe, uma vez por semana . Tua voz de menino e tua risada de menino é o que vou ouvir.

O menino que saiu de mim.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

À portas fechadas

Há algum tempo atrás. Eu me lembro.Da porta cerrada, do choro contido.Da solidão imensa, melancólica de algo que não vivi.Da morte onipresente, pressentida e ansiada. Um fim do mundo todos os dias. Intercalados por criações do mundo, todos os dias. A batalha pra existir. Interna, com exércitos conspirando contra seu general.
Agora tudo se repete. De novo, num outro eu que, de tão distante, parece diferente. Todo o sofrimento presente - invenções ingênuas de quem acredita que o mundo acabará por ali.
E o máximo que posso tentar fazer é dar amparo, sem saber bem onde tocar, pra não doer. Ninguém passa a dor em conjunto. As dores são uma das coisas mais nossas que temos. E temos que aprender a nos bastar para cura-las. Eu sei disso, aprendi isso. Agora meu outro eu, não. Ainda procura descobrir um jeito, uma manha, uma coisa qualquer que tire dali aquilo que não quer sair.
Vou seguindo, acompanhando meu outro eu, até passar. E vai passar, simplesmente, num dia qualquer, quando menos se espera. E aí as dores serão outras. E meu outro eu será ainda mais distante, ainda menos eu.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eu volto correndo, a cabeça.

Vai

Meus pés aqui, pregados

na neve. Cabeça vai

correndo

Eu aqui.

Sobrei,

com a fome e a sede

De tudo de bom

Que deixei


(outro textinho do backup...lá dos idos de 2005)

sábado, 2 de abril de 2011

O velho

O velho aquele dia chorou para mim. Naquele dia a morte se fez presente. A morte, essa desconhecida, pousou pesada sobre o rosto do homem, velho que se desfazia.

À minha frente, o homem que cantarolava Roberto Carlos todos os dias, secava as lágrimas que se faziam recentes na vida do velho.

O velho se fazia velho à minha frente, e eu sem saber o que fazer com tanta dor. Justo com a dor que caminhava todo dia entre os livros, cumprimentando os professores.

O filho que era tudo para mim. O filho que levou tudo de mim.

Ele espalha seus pedaços sujos de sal, sempre, sem ninguém notar detrás do sorriso. O assobio não era uma canção, era o choro do pássaro, atrás do homem. E ele chorou.

Eu, esta desconhecida, sem saber o que fazer com tanta dor. Ele chorava. A dor trazida às escuras. O filho se foi. O velho se foi com o filho.

O velho fumando, fumando se esconde, atrás de tragédias lidas e ouvidas todos os dias. Há tragédias maiores? A mulher que matou o marido, o carro que caiu da ponte, nada dói mais, nem no velho, nem em mim.

Seu filho se foi. Carregou junto toda a luz de seu olhar. Não há dor maior.

A dor tão pesada, não cai. Só se expande, nos braços, nas pernas, na alma do velho.

O velho ainda sorri para mim. Eu sorrio para o homem. O velho, que nem sabe o que fazer com tanta dor.


(texto antigo, dos vários que encontrei fazendo backup no meu primeiro computador...)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Espera

Café coado
Mesa posta

Livros lidos
Sofá, tv

Compras feitas
Janta pronta

Calçada sem graça
Telefone mudo

Cerveja quente
Riso amarelo

Tarde tranquila
Manhã que não passa

Você que não vem.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fábula I

Há uns 10 anos (Once upon a time...) aconteceu uma historinha assim:

Uma adolescente, cursando o ensino médio, terceiro ano. Um professor de química, dando uma aula daquelas típicas de cursinho. Até que o professor fala pra turma que você ali devia aprender o conteúdo, senão a pessoa que estava ao seu lado poderia acertar um questão que você errou. E vencer, enquanto você seria um perdedor. De certo modo, você não possuía amigos naquela sala, segundo o professor, mas concorrentes. Então a adolescente levanta a mão e pergunta para o professor se ele enquanto educador não se sentia mal em ensinar os alunos a praticamente odiarem-se uns aos outros, ao invés de ensina-los a lutar por mais vagas nas universidades, por exemplo. O professor deu risada da aluna, disse que ele já havia pensado assim, há muito tempo, mas que o tempo, ela haveria de perceber, remove estas ilusões. Disse também que ela era como o beija-flor da historinha, querendo apagar um incêndio carregando água em seu bico. A adolescente respondeu que nunca seria um beija-flor sozinho morrendo asfixiado ou queimado com o fogo. Ela preferia ser um papagaio, chamando os outros animais da floresta pra ajudar. A aula acabou, o professor ainda ria um sorriso irônico pra aluna. A aluna mantinha um sorriso irônico para o professor. Ele disse para ela voltar, dali uns 20 anos, dizendo se aqueles sonhos ainda se mantinham. Ela prometeu que se manteriam, que ela nunca seria uma pessoa tão medíocre quanto aquele homem. Ele disse que ia esperar.

Já se passaram 10 anos. Aquela menina deixou de acreditar em boa parte das coisa em que acreditava, deixou de desafiar professores em público. Em alguns momentos chegou a pensar se não estaria se tornando tão lugar-comum quanto aquele professor. Várias vezes pensou o que falaria para ele se o encontrasse. Teria pouco, muito pouco para falar.

Esta semana a menina lembrou porque havia escolhido seu curso, razão que o próprio curso havia apagado. Ela lembrou porque acreditava que uma mudança era possível. Lembrou que teorias eram desnecessárias. Nenhum ismo era necessário. Que a mudança é pessoal, em cada um e pode, sim, funcionar como uma corrente. Que há tanta gente sofrendo, e tanta gente ajudando. E que, sim, o professor tinha razão em partes, quando disse que com o tempo isso ia se apagar. Mas só se apaga para pessoas como ele, que deixam que se apague.

Existe muito a ser feito, e pode ser feito por qualquer um, em qualquer lugar.
Faltam dez anos para cumprir a promessa. Hoje ela sabe que vai cumprir.


terça-feira, 22 de março de 2011

Senhorinhas

Há uns dias vi um grupo de senhoras sentadas numa mesa de café, num shopping. Era uma sexta, final de tarde, aquele horário em que tudo está vazio ainda, sem aquela criançada saída da escola.
Aquelas senhorinhas me fizeram pensar com quais senhorinhas eu estarei sentada daqui uns, o quê , 35 anos? ( por que até lá espero não ser considerada senhorinha por ninguém, e minhas amigas todas continuaram a ser as meninas malucas que são hoje) Até daqui uns 35 anos.
E quem será que estará lá sentada comigo, ou será que elas estarão lá sentadas e eu estarei mortinha? E qual delas mais morrerá? E qual mais vai fugir prum país distante? E quantas voltarão?
Ah, o pior, os filhos, adultos, sempre inferiores ou muito superiores à nossa expectativa, indo nos buscar horas antes do necessário, e diremos: -Não, Joãozinho, meu filho, nós vamos pegar um taxi, mesmo e ficar mais um pouquinho.- E ai sim, acontecerá o pior: -Ok, mãe, vou buscar o Joãozinho Jr. na escola e vou pra casa. Ahhhhhh!! Sim, os netos.
E sobre o que vamos conversar então? Supondo que sim, estarei lá também.
Os assuntos sobre as doenças, os médicos, e as doenças e médicos dos netos.
Reclamaremos de noras. Com toda a certeza. Reclamaremos da velhice chegada de repente. Reclamaremos por nos vermos tão pouco. Reclamaremos dos maridos, ou mulheres. Ou lamentaremos que tenham morrido. Falaremos mal dos amigos distantes, por estarem distantes. Lamentaremos a morte dos ausentes. Acredito que a morte será um assunto recorrente. Assim como hoje o é falarmos de quem casou ou engravidou.
Me pergunto, então, novamente, quem serão as senhorinhas. Mas eu espero,de verdade, que elas estejam lá. Daqui uns 35 anos.
Por enquanto, prefiro que estas senhorinhas moças tomem cervejas comigo, sempre que possível. Enquanto não chega a hora do chá.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Publicidade

E eu devo usar assepsia, e garnier nutrisse e tomar schinchariol, e assistir todos aqueles programas que dizem que devo ver. E isso porque assisto tevê. Porque eu posso sair de casa e ter que comer naquele buffet, e assinar aquele canal, ou ter de ir naquela mãe-de-santo que lê tarô como ninguém. É isso, não é?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Coisinhas úteis para Internet

Tentando me superar e aprender a baixar filmes na internet me deparei com os famosos protetores de links, aquele famoso "cadastre aqui seu celular para te mandarmos mensagens super úteis sobre música sertaneja e pornografia em geral". Mas, como o google é uma anjinho encontrei como burlar isso através de dois blogs bacanas, de dois outros anjos deste mundo virtual. Eles descobriram como burlar e eu descobri eles. Tá aí, pra vocês, os links destes blogs. Poderia postar aqui mesmo como se faz, mas não custa vocês darem uma visitinha e pretigiarem os blogs dos rapazes lá. ( ou moças, não sei...) É super simples e funciona na maioria dos casos. Eu estou aqui, vendo um filmezinho de terror, básico.

terça-feira, 1 de março de 2011

Casa de chá

Maria juntou as xícaras, os pires, catou almofadas. Do alto de seus seis anos, esticou o lençol entre os dois sofás e colocou o cartaz: Casa de Chá. Esquentou a água no fogão e colocou no bule. Todo o jogo de chá, a bandeja decorada. Colocou um preço pela xícara. E, invasores da própria sala, seu avô e sua avó sentavam-se no chão e pagavam por uma xícara de faz-de-conta.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Exemplo!

Não pesquisei a vida toda deste político, mas me chamou atenção o que ele tem feito...

Aos 38 anos, o economista José Antônio Reguffe (PDT-DF) foi eleito deputado federal com a maior votação proporcional do País – 18,95% dos votos válidos (266.465 mil) no Distrito Federal. Caiu no gosto do eleitorado graças às posturas éticas adotadas como deputado distrital. Seus futuros colegas na Câmara dos Deputados que se preparem. Na Câmara Legislativa de Brasília, o político desagradou aos próprios pares ao abrir mão dos salários extras, de 14 dos 23 assessores e da verba indenizatória, economizando cerca de R$ 3 milhões em quatro anos. A partir de 2011, Reguffe pretende repetir a dose, mesmo ciente de que seu exemplo saneador vai contrariar a maioria dos 513 deputados federais. Promete não usar um único centavo da cota de passagens, dispensar o 14º e 15º salários, o auxílio-moradia e reduzir de R$ 13 mil para R$ 10 mil a cota de gabinete. “O mau político vai me odiar. Eu sei que é difícil trabalhar num lugar onde a maioria o odeia. Quero provar que é possível exercer o mandato parlamentar desperdiçando menos dinheiro dos cofres públicos”, disse em entrevista à ISTOÉ

O sr. pretende abrir mão de todos os benefícios também na Câmara Federal?

JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -

Na campanha, assumi alguns compromissos de redução de gastos. Na Câmara, vou abrir mão dos salários extras de deputados, como o 14º e o 15º, que a população não recebe e não faz sentido um representante dessa população receber. Não vou usar um único centavo da cota de passagens aéreas, porque sou um deputado do DF. Não vou usar um único centavo do auxílio-moradia. É um absurdo um deputado federal de Brasília ter direito ao auxílio-moradia. Vou reduzir a cota interna do gabinete, o “cotão”, e não vou gastar mais de R$ 10 mil por mês.

(...)

Vou propor o fim do voto obrigatório. A eleição do Tiririca, em São Paulo, é o resultado do que ocorre quando se obriga a população a votar. Ela vota em qualquer um. O terceiro ponto é o voto distrital. A quarta proposta é um sistema de revogabilidade de mandato, no qual o eleitor poderia pedir o mandato do candidato eleito, caso ele não cumpra seus compromissos. Por fim, defendo o financiamento público de campanha

Tem mais coisas que ele propõe, pode-se encontrar no link abaixo. Caso alguém saiba de algum podre da vida dele, me avise...e paro de fazer propaganda..rsrsr

fonte: http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/104706_UM+HOMEM+FICHA+LIMPA



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Diversificando

Estimados leitores, leitoras e afins.

Como muitos devem saber, minha vida tem sido estudar. Como muitos também devem saber, sou uma indisciplinada assumida. Portanto, para me estimular ainda mais, criei um blog sobre Patrimônio Cultural. Ainda não é muita coisa, mas com certeza se tornará um referencial mundial no assunto.(Rá! )
Espero que vocês, assim que possível, o visitem. Será interessantíssimo, mesmo para os que não estudam História, nem arquitetura, nem nada ( para vocês, é ainda mais importante, já que estão sem fazer nada....rsrsrsrs)
O link ficará ali nos links interessantes, mas segue aqui, como Boas Vindas:

Conto com o apoio de vocês, querido público!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Resgate

" Haverá sempre músicas e papéis que se entregam ausentes e belos para serem preenchidos de essência. Haverá sempre lutas entre corpos e essências. Que talvez se acabem com um toque da caneta no papel. Uma lágrima escorrendo pela voz. Quase uma espécie de paz."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pão!!!

Há tempos não postava uma receitinha aqui no blog...E, como fiz um pão delicioso vou postar aqui como se faz.

- 700g de farinha de trigo (aproximadamente)
- 3 colheres (sopa) de manteiga
- 3 ovos
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (chá) de sal
- 250ml de leite
- 30g de fermento para pão (daqueles de cubinhos...)

Em um recipiente coloque o fermento esfarelado e o sal. Misture até obter uma consistência líquida. Adicione um pouco do leite morno (coloquei umas 3 colheres de leite...)e mexa. Reserve.
Em um recipiente, coloque a farinha (reserve um pouco), o açúcar, os ovos, a manteiga, o fermento reservado e o restante do leite. Misture com auxílio de uma colher de pau (neste momento utilize a farinha reservada). A seguir, sove sobre superfície enfarinhada até obter uma massa homogênea. Enrole os pães. Coloque em uma assadeira (não precisa untar) e deixe dobrar de volume.(leva cerca de 1 hora...) Leve ao forno pré-aquecido 150°C por aproximadamente 30 minutos
No meu caso, coloquei para crescer sem enrolar e ficou gigante e deu uma confusão aqui. Mas mesmo assim ficou muiiiito bom!

Retirei a receita deste site:

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Minúcias

Não, ela não sabia o que era o amor. E estava lá, tentando escrever um texto que descrevesse em minúncias o que era aquilo que acontecia, agora.
Ele sabia bem o que era amor. Disse a ela: - Eu sei que te amo. Ela desconfiava desta certeza.
Ela andava desconfiada de qualquer certeza que se pronunciasse. E era muito fácil dizer assim, eu sei que te amo, como quem diz: sua vez de jogar.
Não, a vida não era feita de certezas, de construções prontas. Se nos dizem que o amor é assim, não basta. É necessário descobrir por si mesmo. Para ela, poderia ser assado. E agora ela está em busca desta palavra, e do que ela significa de verdade, para si mesma. Não o que Vinicius disse, ou o que o cinema disse, o que quem quer que seja disse.
Ela está tentando escrever um texto, que descreva em minúcias, o que é aquilo que acontece, agora.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Robert Plant

Agora sou amiga do Robert Plant.
Somos amigos através do Myspace, e provavelmente isso será apenas o começo de uma amizade tranquila, profunda e verdadeira.
Logo estaremos em algum lago na Inglaterra, ou em um barzinho do Rio, tomando alguns uísques e falando sobre o que é esta vida, este mundo, nossos problemas e vitórias.
Sei que logo será assim.